CCBB BH RECEBE FICÇÕES, MONÓLOGO INÉDITO ESTRELADO POR VERA HOLTZ, DE 07 DE ABRIL A 08 DE DE MAIO
FOTO:: Ale Catan
Montagem marca o retorno da atriz aos palcos depois de três anos. Idealizado pelo empreendedor cultural Felipe Heráclito Lima, escrito e encenado por Rodrigo Portella, roteiro foi criado a partir do livro Sapiens – uma breve história da humanidade, de Yuval Noah Harari, e trata da capacidade humana de criar e acreditar em ficções
Fotos: https://bit.ly/42eu7bi
O Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (CCBB BH) apresenta o espetáculo Ficções, peça que marca o retorno de Vera Holtz aos palcos depois de três anos. O roteiro foi criado a partir do best-seller Sapiens – uma breve história da humanidade, do professor e filósofo Yuval Noah Harari, que vendeu mais de 23 milhões de cópias em todo o mundo, e que fala da capacidade humana de criar e acreditar em ficções: deuses, dinheiro, nações...o que foi ou não inventado? Mas, apesar dessa habilidade inédita e revolucionária que alçou nossa espécie à condição de "donos" do planeta, seguimos inseguros e sem saber para onde ir.
Idealizado pelo produtor Felipe Heráclito Lima e escrito e encenado por Rodrigo Portella, o monólogo, que teve uma bem sucedida estreia de crítica e público no Rio de Janeiro e São Paulo, cumpre temporada no CCBB BH de 7 de abril a 8 de maio, sempre de sexta a segunda, às 20h. Os ingressos, a R$30 (inteira) e R$15 (meia), estarão à venda em bb.com.br/cultura e na bilheteria do CCBB BH, a partir de 29 de março. Clientes Banco do Brasil com cartão Ourocard pagam meia-entrada.
A obra
Publicado em 2014, o livro de Harari afirma que o grande diferencial do homem em relação às outras espécies é a sua capacidade de inventar, de criar ficções, de imaginar coisas coletivamente e, com isso, tornar possível a cooperação de milhões de pessoas – o que envolve praticamente tudo ao nosso redor: o conceito de nação, leis, religiões, sistemas políticos, empresas etc. Mas também o fato de que, apesar de sermos mais poderosos que nossos ancestrais, não somos mais felizes que estes. Partindo dessa premissa, o livro indaga: estamos usando nossa característica mais singular para construir ficções que nos proporcionem, coletivamente, uma vida melhor?
“É um livro que permite uma centena de reflexões a partir do momento em que nos pensamos como espécie e que, obviamente, dialoga com todo mundo. Acho que esse é o principal mérito da obra dele”, analisa Felipe H. Lima, que comprou os direitos para adaptar o livro para o teatro em 2019.
Roteiro
Instigado pelas questões trazidas pelo livro e pela inevitável analogia com as artes cênicas – por sua capacidade de criar mundos e narrativas – o encenador Rodrigo Portella criou um jogo teatral em que, a todo momento, o espectador é lembrado sobre a ficção ali encenada: “Um dos principais objetivos é explorar o sentido de ficção em diversas direções, conectando as realidades criadas pela humanidade com o próprio acontecimento teatral”, resume.
Quando foi chamado para escrever e dirigir, Rodrigo Portella imaginou que iria pegar pedaços do livro para transformar em um espetáculo: “Ao começar a ler, entendi que não era isso. Era preciso construir uma dramaturgia original a partir das premissas do Harari que seriam interessantes para o espetáculo. Em nenhum momento, no entanto, a gente quer dar conta do livro na peça. Na verdade, é um diálogo que a gente está estabelecendo com a obra”, enfatiza.
A estrutura narrativa foi outro ponto determinante no propósito do espetáculo: “Eu queria fazer uma peça que fosse espatifada, não é aquela montagem que é uma história, que pega na mão do espectador e o leva no caminho da fábula. Quis ir por um caminho onde o espectador é convidado, provocado a construir essa peça com a gente. É uma espécie de jam session. É uma performance em construção, Vera e Federico brincam com tudo, com os cenários, tem uma coisa meio in progress”, descreve.
Para a empreitada, Rodrigo contou com a interlocução dramatúrgica de Bianca Ramoneda, Milla Fernandez e Miwa Yanagizawa: “Mesmo sem colaborar diretamente no texto, elas foram acompanhando, balizando a minha criação, foram conversas que me ajudaram a alinhar a direção, o caminho que daria para o espetáculo”, conta.
Espetáculo
Vera Holtz se desdobra em personagens da obra literária e em outras criadas por Rodrigo. Canta, improvisa, “conversa” com Harari, brinca, instiga a plateia e interage com o músico Federico Puppi – autor e performer da trilha sonora original, com quem divide o palco. Em outros momentos, encarna a narradora, e às vezes é a própria atriz falando. “Eu gosto muito desse recorte que o Rodrigo fez, de poder criar e descriar, de trabalhar com o imaginário da plateia”, destaca Vera.
“O desafio é essa ciranda de personagens, que vai provocando, atiçando o espectador. Não se pode cristalizar, tem que estar o tempo todo oxigenada”, completa. Rodrigo concorda: “É um espetáculo íntimo, quem for lá vai se conectar com a Vera, ela está muito próxima, tem uma relação muito direta com o espectador”.
Biografias
Vera Holtz
Vera Holtz nasceu em Tatuí, interior de São Paulo, onde iniciou seus estudos nas artes através da música e das artes plásticas. Na década de 70, após um breve período na EAD-USP, foi para o Rio de Janeiro, onde seguiu seus estudos e estreou em 1979 com a peça Rasga coração, de Oduvaldo Vianna Filho, com direção de José Renato – a primeira peça liberada pela censura, durante o regime militar. Vera possui um vasto currículo composto por trabalhos em TV, teatro e cinema. Vinte e oito vezes indicada, em 1985 ganhou o Prêmio Mambembe de Melhor Atriz pela peça infantil Astrofolia. Em 1989, ganhou o Prêmio Shell de Melhor Atriz pela peça Um certo Hamlet. Com a peça Pérola, de Mauro Rasi, que ficou cinco anos em cartaz e foi vista por cerca de 200 mil pessoas, Vera conquistou quatro importantes prêmios nacionais na categoria de melhor atriz: Mambembe, Shell, Sharp e APETESP. Em 2007, ganhou o Prêmio Mambembe de Melhor Atriz Coadjuvante por sua atuação na novela Paraíso Tropical, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares. Estreou como diretora teatral em 2010, com Guilherme Leme, na peça O Estrangeiro, de Albert Camus, monólogo adaptado pelo dramaturgo dinamarquês Morten Kirkskov.
Felipe Heráclito Lima
Especializado na idealização de projeto culturais, diretor da Sevenx Produções Artísticas e da F&F Film Productions, Felipe Heráclito Lima é ator formado pela CAL e publicitário pela PUC-RJ. Felipe também é especializado em captação de recursos e em gestão de recursos incentivados para grandes empresas. Esteve à frente de projetos como "R&J" de Shakespeare (2011), de Joe Calarco - Prêmio APTR “Melhor Produção”; Fonchito&aLua (2014), de Mario Vargas Llosa; Mas Porquê??! A História de Elvis (2015), de Peter Shossow - Prêmio APCA de "Melhor Musical Infantil” (2015); Memórias de Adriano (2016), de Marguerite Yourcenar; Lá Dentro Tem Coisa (2016), de Adriana Falcão; Dogville (2018), de Lars Von Trier; Fim de Caso (2019), de Graham Greene, entre outros.
Rodrigo Portella
Nascido no interiro do Brasil, Rodrigo Portella é artista cênico, diretor teatral, iluminador e dramaturgo, com 45 anos de idade e 30 anos de carreira. Escreveu 12 peças teatrais e dirigiu outras 40 obras em teatro e vídeo. Ganhou os mais importantes prêmios de teatro brasileiro da última década, como diretor das peças As Crianças (de Lucy Kirkwood), em 2020, e Tom na Fazenda (de Michel Marc Bouchard), em 2018. Este último ganhou o Prêmio da Crítica de Melhor Espetáculo Estrangeiro em Montreal (Canadá), no biênio 2018/2019, os prêmios APCA (São Paulo - 2019) e APTR (Rio de Janeiro - 2018), dentre muitos outros.
Rodrigo é graduado e mestre em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, com doutorado em andamento. Mestre em cinema pela Nouprodigi/Barcelona, suas obras ocuparam os principais espaços culturais de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo e entraram na programação dos maiores festivais de teatro do país, circulando em mais de 90 cidades no Brasil, Argentina, Equador, Chile, França, Alemanha e Canadá. Atualmente vive em Barcelona, é professor do curso superior do Instituto Cal de Arte e Cultura e trabalha na produção da turnê França – Bélgica – Suíça do seu espetáculo Tom na Fazenda, que será inaugurada no Théâtre Paris-Villette na capital francesa.
Yuval Noah Harari
Nascido em Israel, em 1976, Harari é historiador, filósofo, PhD em História pela Universidade de Oxford e autor best-seller de Sapiens: Uma Breve História da Humanidade, Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã, 21 Lições para o Século 21 e Sapiens: Uma História Gráfica. Seus livros venderam mais de 40 milhões de cópias em 65 idiomas e, hoje, ele é considerado um dos mais influentes intelectuais públicos do mundo. Atualmente, é professor do Departamento de História da Universidade Hebraica de Jerusalém e escreve artigos para publicações como The Guardian, The Financial Times, The New York Times, TIME e The Economist.
Em 2021, Harari foi agraciado com o Prêmio Honorário da Associação de Correspondentes de Imprensa Estrangeira dos EUA. Em 2020, recebeu o título de Doctor Honoris pela VUB (Universidade Livre de Bruxelas) e recebeu o prêmio CITIC Author of the Year, na China, por Sapiens: Edição em quadrinhos. Em 2019, Sapiens ganhou o “Academic Book of the Year”, no Academic Book Trade Awards, do Reino Unido. Em 2017, Homo Deus recebeu o German Economic Book Award da Handelsblatt como “O livro de economia mais ponderado e influente do ano” e, em 2015, Sapiens foi vencedor do Wenjin Book Award da China.
Ficha técnica
VERA HOLTZ em FICÇÕES - Inspirada a partir do livro Sapiens – Uma breve história da humanidade, de Yuval Noah Harari
Escrita e encenada por Rodrigo Portella/ Idealizada por Felipe Heráclito Lima / Performance e Trilha Sonora Original: Federico Puppi/ Interlocução dramatúrgica: Bianca Ramoneda, Milla Fernandez e Miwa Yanagizawa/ Cenário: Bia Junqueira/ Figurino: João Pimenta/ Iluminação: Paulo Medeiros/ Preparação corporal: Tony Rodrigues/ Preparação vocal: Jorge Maya/ Programação Visual: Cadão/ Fotos: Ale Catan/ Direção de produção: Alessandra Reis/Gestão de projetos e leis de incentivo: Natália Simonete/ Produção executiva: Wesley Cardozo/ Administração: Cristina Leite/ Produtores associados: Alessandra Reis, Felipe Heráclito Lima e Natália Simonete/ Produção local: Rubim Produções/ Assessoria de imprensa: Luz Comunicação - Jozane Faleiro
Serviço
Ficções, com Vera Holtz
Classificação indicativa |12 anos
Duração | 80min
Temporada | de 07 de abril a 08 de maio de 2023
Horário | de sexta a segunda, às 20h
Local | Teatro I do Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte - CCBB BH
Endereço | Praça da Liberdade, 450 - Funcionários – Belo Horizonte/MG
Ingressos | R$ 30 (inteira) - R$ 15 (meia-entrada)* à venda em bb.com.br/cultura e na bilheteria do CCBB BH.
Horário de Funcionamento do CCBB BH: de quarta a segunda, das 10h às 22h.
* Clientes BB têm direito à meia-entrada na compra com Cartão Ourocard
Mais informações: 31 3431 9400 – www.bb.com.br/cultura
E-mail: ccbbbh@bb.com.br
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